quinta-feira, 19 de maio de 2016

Holocausto Tecnológico

Tratamos neste blog diversos assuntos ligados à educação, tecnologia e ensino. Sempre me perguntei o que era e o que não era “educativo”, quando penso em programas educativos de TV por exemplo, logo me vem à cabeça os documentários do Discovery Channel com a luta incessante dos búfalos africanos para atravessarem o rio antes de serem devorados por leões famintos, mas parando para refletir, a série The Walking Dead não tem uma classificação “educativa”, porém assistindo ao seriado aprendi o quanto é importante o espírito de liderança, aprendi a importância de dar valor às coisas simples, adaptar-se as novas mudanças, etc. Pois bem, vamos destrinchar o universo do “educativo” em diversos outros posts, o de hoje, vou falar de algo que vi na TV por esses dias.

Lá estava eu diante da TV assistindo ao telejornal, o âncora logo chamou a  reportagem sobre o projeto de lei que proibia o uso de celulares na escola, os vereadores da cidade estavam em uma ampla discussão sobre a proibição ou não, como sempre, o estado disseminando suas regras achando que sabe o que é melhor para a educação, enfim, em determinada parte da reportagem iniciou-se a fala de uma professora da educação básica da rede pública de ensino, suas palavras ecoam em minha mente até agora, disse ela:

“Acho essa lei muito importante, pois para nós professores, é muito difícil competir com a tecnologia, pois ela acaba sendo mais interessante que a aula.”



Eu fiquei extremamente chateado ao ouvir essas palavras, por outro lado, isso explica o porquê dos jovens odiarem a escola. Infelizmente, o que vemos são professores que encaram a tecnologia e a educação como “competição” onde um não existe com o outro, onde celular na sala de aula é sinal de concorrência. Hora, se seus alunos acham o celular mais interessante do que sua aula, penso que o problema não está no celular, não é mesmo?

Os cursos e-learning são a prova de que a tecnologia pode ser usada a favor da educação, o mesmo vale para os celulares, penso que o problema não são a presença ou não dos aparelhos em sala de aula, mas sim, a forma com que ele é utilizado, o mesmo se aplica a computadores. A tecnologia faz parte de nós, ignorá-la é ignorância, a tarefa do bom educador é encontrar mecanismos que aproximem o estudante das tecnologias, e não os afastem. Este é apenas mais um desafio da educação, é preciso efetivar a produção do conhecimento utilizando instrumentos estimulantes.

Professores, parem com esse desserviço. Atualizem suas práticas pedagógicas, abrir mão de implementar melhorias só para manter a “aula tradicional” é promover um verdadeiro holocausto tecnológico, não vamos manter aos alunos e a sí mesmos distantes do mundo que nos cerca. 

Aqui vai uma dica, acessem o blog Professor wi-fi e conheça diversas dicas de como utilizar a tecnologia no dia-a-dia da escola.




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